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Coluna “Cyber Diet” – julho/2006 Alexandre Barillari
Pelo menos se o personagem, interpretado por Alexandre Barillari, resolver usar os mesmos expedientes que o ator na hora da conquista. “Faço pratos românticos”, conta Barillari, 30 anos, que já fez Antônio, em ‘Salsa e Merengue’, e Beto, em ‘Chocolate com Pimenta’. Na nova novela, o ator irá interpretar o primeiro vilão em sua carreira. Para manter a forma, o galã diz que malha bastante, já que tem facilidade para engordar. “Sou muito guloso”, explica ENTREVISTA AO CYBER DIET Você diz que cozinha. Mas gosta de cozinhar ou é obrigação? E as mulheres? Na sua opinião, elas devem estar sempre atentas ao peso ou você não acredita que isso deva ser uma preocupação extrema?
29/01/2006 O PRIMEIRO VILÃO NINGUÉM ESQUECE PRIMEIRA VEZ - Alexandre Barillari estréia como vilão em “Alma Gêmea” e afirma que o personagem trouxe muito aprendizado e, apesar de ter feito muito mal na novela, o assédio das fãs continua grande. Alexandre Barillari, o Guto de "Alma Gêmea", encarou uma chuva de perguntas dos fãs, recentemente, ao participar de uma sala de bate papo na internet. Foi um sucesso, quase uma catarse. Com o personagem em evidência – O Guto agora é um fantasma e, diretamente do além, tem vindo assombrar a não menos maligna Cristina – o público quis saber de tudo e, sem a menor cerimônia, encharcou o ator com as mais variadas questões. Para matar a curiosidade, quem perdeu o bate-papo, pode conferir a entrevista do ator, que fala sobre o início da carreira, como é desempenhar o papel de vilão e a repercussão do personagem, que agora é um fantasma na novela das seis. Segundo ele, o papel o obrigou a se aprofundar em questões espirituais e revelou um lado que Alexandre Barillari afirma ter desconhecido até então, apesar de garantir que a sua personalidade e caráter nada têm a ver com o Guto. O Diário - Como é interpretar o seu primeiro vilão na carreira? Alexandre Barillari - Passei a julgar o vilão como aquele que ousa atingir a tragédia. Não posso dizer que um sujeito mal-intencionado, um esperto, é um vilão... Dessa forma, quase todos seriam vilões. E o Guto é mais que um vilão, é um presente para a minha vida. Fazê-lo me deu bastante trabalho. Como não podia usar o meu entorno para pensar nesse personagem, resolvi passar três dias no presídio Ary Franco, no Rio, e conversar com pessoas que tinham atingido essa tragédia... Fazer um vilão é mais saboroso porque você se não se reconhece no personagem. O Diário - Qual foi o primeiro trabalho como ator? Alexandre Barillari - Minha primeira aparição foi em 1988. Quem trouxe mim e a minha irmã para a carreira artística foi a comediante Nádia. Fizemos uma participação como João e Maria, no Sítio do Picapau Amarelo. Eu era João e, minha irmã, a Maria. Fui dirigido pelo Fábio Sabag. Depois fiz ‘Pinóquio’, com Grande Otelo. O Diário - Você pensou em seguir outra carreira? Alexandre Barillari - Nos anos 80, minha família dizia para mim: 'não faça disso sua profissão'. O sonho da minha mãe era que eu fosse general do Exército. Quando percebi que não seria um general, fui procurar a Arquitetura. Era uma criança ainda - tinha 16 anos - e tinha que dar satisfação em casa. Fazia escola de teatro escondido, à noite. Eles só souberam pelos jornais quando eu estreei. Não foram assistir, ficaram decepcionados e magoados. Mas não perdem a crítica. Meus pais têm a clareza e o critério da crítica. O Diário - Qual é a sua formação? Alexandre Barillari - Sinto-me em vantagem por ter feito teatro amador desde os nove anos e, depois, escola de teatro profissionalizante. Hoje em dia, as pessoas viram atores em uma descida de elevador. Se eu não fosse ator, seria um acadêmico. Gosto de estudar sobre a minha área, meu domínio – e nada melhor do que o estudo. Em ‘Salsa e Merengue’, meu primeiro grande papel, eu improvisava bastante, podia invadir diversos domínios do personagem. Esse personagem também me ajudou, depois, a fazer Malhação ao vivo - um programa precursor na época. Malhação foi para mim um grande aprendizado. O Diário - Como faz para manter o físico? Alexandre Barillari - Como sou um ator, faz parte da minha vocação que eu procure exercitar o corpo, a voz, exercitar o canto. Em ‘Salsa e Merengue’ fiz dança de salão, mas não era um dançarino, e sim príncipe de baile de debutantes. Depois disso, sempre de um espetáculo para outro, procurei manter o corpo preparado para dançar ou outras investidas parecidas. Nunca fiz dança de salão de maneira disciplinada, mas sempre dei meus passinhos. Tango eu nunca dancei, mas salsa eu já gostava". O Diário - Como encara o assédio dos fãs? Alexandre Barillari - É um prazer sem limites. Isso também está incluído na vocação do ator. Ninguém quer entrar no teatro e ter uma platéia vazia. Eu lido da melhor maneira possível com isso. Por outro lado, sou humano como vocês. Há dias que estou radiante, há dias que estou cabisbaixo. As minhas emoções são como a de todos. Você ser reconhecido pelo olhar, é um triunfo, um êxito total. O Diário - Você usa algum truque para entrar em cena? Alexandre Barillari - Tem vários truques para entrar no clima antes de gravar. Quem faz teoria do teatro, escola de teatro, aprende esses truques. A gente aprende a fazer uma combinatória com os próprios truques. Para entrar no personagem - como no dia em que gravamos a seqüência toda do perdão - senti um peso insuportável. Foi preciso uma concentração absurda. As pessoas vêm falar com você, e você não pode se deixar decompor. Tem que driblar os mecanismos do próprio pensamento. Nesse dia, o dia do perdão do meu personagem, foi como eu tivesse tido uma discussão de oito horas num só dia. Era um fardo. E isso foi para o ar. Estava tão cansado, física e psicologicamente exausto! Mas isso foi extremamente frutífero para a cena. Mas foi preciso ficar absorto comigo mesmo e ainda driblar um estúdio inteiro. O Diário - Qual será o futuro de Guto? Ele vingará Luna? |
www.alexandrebarillari.com.br por Luciana Basile |